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Para pessoas físicas e MEIs, prazo para o pagamento poderá ser de até 145 meses. A Receita Federal publicou uma portaria nesta sexta-feira (12) em que facilita a renegociação de dívidas com o Fisco e permite descontos de até 70% do montante devido após a incidência de imposto. Em regra, essas transações podem ser quitadas em até 120 meses. Para pessoas física, Microempreendedor Individual (MEI), microempresa, empresa de pequeno porte (EPP), Santas Casas, as sociedades cooperativas e instituições de ensino, o prazo para o pagamento da dívida a ser negociada poderá ser de até 145 meses. Para os débitos das contribuições sociais, este prazo fica limitado a 60 meses. Cofres públicos 'perderam' R$ 210 bi em 22 anos com renegociação de dívidas de empresas e pessoas físicas As novas modalidades de renegociação permitem acordos sobre débitos que estejam em contencioso administrativo fiscal, com valor acima de R$ 10 milhões. Também fazem parte do público-alvo da portaria: devedores falidos, em recuperação judicial ou extrajudicial, em liquidação judicial ou extrajudicial ou em intervenção extrajudicial; autarquias, fundações e empresas públicas federais; e estados, Distrito Federal e municípios e respectivas entidades de direito público da administração indireta. A portaria publicada também permite utilizar precatórios ou direito creditório para amortização de dívida tributária principal, multa e juros. As negociações têm início em 1° de setembro.
+ leia mais]]> Contração do PIB não foi tão profunda quanto o esperado; analistas chegaram a prever queda de 7%. A economia russa encolheu 4% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, no primeiro trimestre completo inserido no que a Rússia chama de "operação militar especial" na Ucrânia, mostraram dados preliminares do serviço federal de estatísticas Rosstat nesta sexta-feira (12). A economia está mergulhando em recessão, depois que Moscou enviou suas forças armadas para a Ucrânia, em 24 de fevereiro, provocando amplas restrições ocidentais a seus setores de energia e financeiro, incluindo o congelamento de reservas russas mantidas no exterior, levando dezenas de empresas ocidentais a abandonar o mercado russo. Russos fazem fila para tirar dinheiro após sanções de outros países por causa da guerra na Ucrânia Victor Berzkin/AP Photo Economia sob bloqueio: brasileiros contam como têm 'driblado' os impactos das sanções à Rússia Sanções levam Rússia a 1º calote de dívida externa desde 1918; Kremlin nega e fala em inadimplência artificial A Rosstat não forneceu mais detalhes, mas analistas disseram que a contração foi causada pela fraqueza na demanda do consumidor e pelas consequências das sanções. "Os dados de junho sugerem que a contração da economia russa parece ter chegado ao fundo do poço, já que a situação em alguns setores está se estabilizando", disse Sergey Konygin, economista do Sinara Investment Bank. A contração do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre não foi tão profunda quanto o esperado. Analistas consultados pela Reuters previam, em média, que o PIB encolheria 7% sobre um ano antes no período de abril a junho, após crescimento de 3,5% no primeiro trimestre. Analistas do banco central russo esperavam que o PIB recuasse 4,3% no segundo trimestre sobre o mesmo período de 2021, dizendo que estava a caminho de cair 7% no terceiro trimestre. O banco central projeta que a economia começará a se recuperar no segundo semestre de 2023. Putin diz que sanções do Ocidente não tiveram efeitos sobre a Rússia Dado o ambiente político altamente volátil, as previsões oficiais para a profundidade da recessão da Rússia variam. O Ministério da Economia disse em abril que o PIB pode cair mais de 12% este ano, após um crescimento de 4,7% em 2021, no que seria a maior contração desde meados da década de 1990. Mas as previsões melhoraram desde então, à medida que a Rússia resiste às restrições. O banco central russo previu em abril que o PIB encolheria de 8% a 10% em 2022, mas no mês passado revisou isso para uma contração de 4% a 6%. "A contração do PIB atingirá seu ponto mais baixo no primeiro semestre de 2023", disse o vice-presidente do banco central, Alexei Zabotkin, nesta sexta-feira. "A economia se moverá em direção a um novo equilíbrio de longo prazo."
+ leia maisManual da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), ensina estratégias para usar o método. Resíduos da lavoura podem ser transformados em fertilizantes por meio de uma composteira. Um manual da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) ensina estratégias para usar o método. Acesse a cartilha gratuitamente aqui. Confira mais cartilhas: Controlando formigas: manual explica como lidar com os insetos Conheça os tipos de abelhas e como vivem Saiba quais cuidados ter no cultivo de hortaliças Ovos caipiras: cartilha mostra boas práticas de produção Saiba como plantar goiaba e lidar com as principais pragas Como começar o cultivo de pitaya Aprenda a montar barraginhas, técnica usada para represar água da chuva nas propriedades Manual mostra como montar um viveiro para plantar mudas de café Vídeos mais assistidos do Globo Rural
+ leia mais]]> Taxa passou de 14,9% para 12,6% no segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior, segundo IBGE. Taxa de desemprego cai no Rio A taxa de desemprego caiu no estado do Rio. É o que mostra uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta sexta-feira (12). Mesmo assim, ainda tem muita gente tentando entrar no mercado de trabalho. “Dez anos, fiquei dez anos, dez anos parado, dez anos batendo cabeça”. Emanuel Andrade chegou a trabalhar de carteira assinada, mas sofreu um acidente e nunca mais conseguiu um emprego formal. “Eu montei uma loja de bicicleta e já tô lá há dois anos com a loja de bicicleta, trabalhando pra mim mesmo”, falou Emanuel José. Desemprego cai em 22 estados no 2º trimestre; Bahia e Pernambuco têm as piores taxas Emanuel Andrade abriu uma loja de bicicletas Reprodução/TV Globo É o mesmo caso da Suzy Elisa que, diante das dificuldades, buscou se qualificar. “Eu tentei 10 anos já, fiz muito currículos, nunca tive oportunidades, nem do primeiro emprego. Eu fui atrás dos meus cursos, das minhas coisas, que eu gosto de fazer unha, graças a Deus consegui ser independente. É muito importante você correr atrás do seu, ser independente porque tá difícil a oportunidade hoje em dia.” Uma pesquisa do IBGE mostra que a taxa de desemprego diminuiu no estado do Rio no segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior — passou de 14,9% para 12,6%. Ainda segundo o IBGE, pouco mais de 36% da população trabalha sem carteira assinada. “O primeiro trimestre tinha um efeito da pandemia, com a questão da Ômicron, depois as coisas vão se normalizando, as pessoas vão voltando a circular e com isso tem um aquecimento da atividade. Além disso, também foi um período que teve uma injeção de recursos na economia”, explica o economista da Fundação Getúlio Vargas, Rodolpho Tobler. “Pra que a gente volte de fato a ter uma recuperação mais forte do mercado de trabalho, a gente precisa focar no desenvolvimento econômico, focar em medidas que possam ajudar a empregabilidade, principalmente daquelas pessoas mais jovens que estão entrando no mercado de trabalho.” O RJ1 esteve nesta sexta no Centro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde muitas pessoas buscam uma vaga no mercado de trabalho. E a maior queixa é a falta de oportunidade. A diarista Débora Oliveira e a filha Larissa procuram uma vaga com carteira de trabalho assinada, que garanta todos os direitos. Por enquanto, elas se viram para tentar manter as contas em dia. “Eu trabalho, mas é uma vez na semana só de diarista, só que não tá dando pra manter uma casa, quando a pessoa trabalha uma vez só é complicado. Hoje em dia não tá podendo escolher, então o que aparecer eu tô pegando”, diz Débora. “O mercado tá muito exigente, aí fica difícil, porque tem que ter experiência e eu não tenho ainda”, fala Larissa. A Secretaria de Trabalho e Renda afirmou que o Rio de Janeiro foi o terceiro estado que mais gerou empregos em 2021 e que, no primeiro semestre deste ano, já criou mais de 100 mil postos de trabalho com carteira assinada.
+ leia mais]]> Campos Neto participou de evento sobre a regulamentação de criptoativos. Ele disse discordar de modelo de regulação 'forte' e se mostrou preocupado com concentração do mercado. Criptomoedas REUTERS/Dado Ruvic O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira (12) que a regulamentação do mercado de criptoativos não deve ser feita "com mão pesada". Campos Neto disse discordar do formato de regulação mais rigoroso do mercado de criptoativos – modelo que vem sendo defendido por outros países. Para ele, a regulamentação de criptomoedas deve ter a transparência como objetivo e não levar em conta a possibilidade de o produto gerar perdas ao investidor. Os criptoativos são bens virtuais, protegidos por criptografia, com registros exclusivamente digitais — ou seja, não são ativos físicos. As operações podem ser feitas entre pessoas físicas ou empresas, sem a necessidade de passar por uma instituição financeira. Entre os criptoativos, estão, por exemplo, as criptomoedas, como o Bitcoin. A categoria também envolve outros produtos, como tokens (contratos que representam a custódia de algum ativo) e stabelcoins (moedas vinculadas a outros ativos, como o dólar por exemplo), entre outros. "Somos um pouco dissidentes. Boa parte dos banqueiros centrais pensam em regular com mão pesada. Eu entendo, mas não concordo. Acho que esse talvez seja um erro. A gente não deveria deixar para trás os avanços tecnológicos, que estão vindo junto", declarou, em evento transmitido pela internet. Campos Neto, do BC, citou o argumento dos defensores de uma regulação mais forte de que esse mercado teria virado um "cassino", ou que pessoas teriam perdido muito dinheiro com criptoativos nos últimos anos. Ele observou que as empresas de tecnologia também registraram perdas semelhantes. "A gente quer ter certeza que as pessoas saibam o que estão comprando. A tarefa do regulador é da transparência, e não deveria entrar no campo 'se o produto é bom ou não'. As pessoas, diante da informação, é que têm de tomar a decisão. Tem de ter transparência como são criados, negociados, e na forma como são transacionados. É o caminho onde a gente quer ir", declarou. No Brasil, o Senado aprovou em abril um projeto que regulamenta operações com moedas virtuais no Brasil. Para ter validade, porém, ainda precisa passar pela Câmara dos Deputados. O texto diz que, para atuar no país, as empresas que prestam serviços usando ativos virtuais terão de obter autorização do governo e coibir práticas como a lavagem de dinheiro. Pela proposta, um órgão será escolhido pelo Executivo para fiscalizar o funcionamento dessas prestadoras e disciplinar quais tipos de moedas serão reguladas. Campos Neto se mostrou preocupado com a concentração do mercado de criptoativos. Segundo ele, 80% dos valores são custodiados (mantidos) por quatro empresas, em servidores centralizados – sujeitos a invasões. Ele também informou que 20% a 30% das transações são realizadas por duas plataformas. "Esse é um ponto que regulador deve se preocupar, ao invés de ficar pensando se as pessoas perderam dinheiro", declarou. Segundo dados do BC, a importação de criptoativos disparou nos últimos anos e bateu recorde histórico no ano passado, ao somar US$ 6 bilhões. Em 2021, um quinto da população (22%) utilizou criptomoedas ativamente por meio de investimentos próprios ou por transações comerciais. Evoluções tecnológicas Em evento transmitido pela internet, o presidente do BC também falou sobre as inovações tecnológicas no sistema financeiro. Ele disse acreditar que, no futuro, um único aplicativo reunirá as informações bancárias que hoje estão dispersas por várias instituições financeiras sobre depósitos, crédito e investimentos dos clientes. "Em algum momento, a pessoa vai pegar seu celular, abrir, e vai ter um integrador [de produtos financeiros de vários bancos]. Ninguém vai ter cinco aplicativos de bancos. Esse integrador vai montar toda sua vida financeira virtual [criptoativos] e física em um mesmo lugar", afirmou. Campos Neto explicou que esse aplicativo unificado, em conjunto com a evolução do PIX, sistema do BC que permite a transferência de recursos em tempo real 24 horas por dia, poderá, futuramente, eliminar a necessidade de se ter cartão de crédito. "Eu acredito que [o cartão de crédito] vai deixar de existir em algum momento", acrescentou. Segundo o presidente do BC, algumas instituições financeiras já estão começando a usar o PIX para operações de crédito. Nesse caso, os recursos são sacados da conta corrente no momento autorizado pelo cliente, até mesmo com parcelamento, mas o valor autorizado está ligado ao limite do cartão.
+ leia mais]]> Ronaldo Bento visitou agência da Caixa em Brasília, na manhã desta sexta-feira (12). Questionado sobre bancos que vão oferecer crédito, disse que 'várias instituições' estudam medida, mas não detalhou quais; Itaú e Bradesco já rejeitaram possibilidade. Ministro da Cidadania, Ronaldo Bento Myke Sena/MS O ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, afirmou que a concessão de empréstimo consignado para beneficiários do Auxílio Brasil terá "prosseguimento em breve", mas não deu um prazo de quando isso deve acontecer. A declaração ocorreu durante visita a agência da Caixa Econômica Federal no Paranoá, no Distrito Federal, na manhã desta sexta-feira (12). Também nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou o decreto que regulamenta o crédito consignado do Auxílio Brasil (veja detalhes abaixo). Especialistas alertam que a medida pode levar a riscos de endividamento para as famílias de baixa renda. LEIA TAMBÉM: Como fazer o empréstimo do Auxílio Brasil? Consignado no Auxílio Brasil não é o produto certo para público vulnerável, diz presidente do Itaú Crédito consignado atrelado a programas como Auxílio Brasil: veja riscos e cuidados Questionado sobre quais bancos vão oferecer os empréstimos, o ministro disse que "várias instituições" estudam a medida, mas não citou quais. Dois bancos, o Itaú e o Bradesco já anunciaram que não vão operar a linha de crédito. "As tratativas com as instituições financeiras vão dar prosseguimento. Várias instituições financeiras já estão falando, fazendo seus estudos iniciais para verificar as condições para oferecer o crédito para essa população", afirmou. "Muito em breve a gente já está com as instituições devidamente habilitadas para conceder o benefício." Ronaldo Bento também confirmou que o limite de descontos no valor do benefício, para pagamento do crédito, vai ser de até 40%. No entanto, não informou a alíquota exata a ser determinada pelo Ministério da Cidadania. Regras do consignado A lei que permite a contratação de empréstimo consignado com o Auxílio Brasil foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em 3 de agosto. O texto também autoriza a modalidade a beneficiários de outros programas de transferência de renda, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC). O decreto que regulamenta a norma, publicado nesta sexta, permite desconto até 40% do valor do benefício para pagamento de empréstimos e financiamentos. No entanto, o texto diz que o Ministério da Cidadania poderá, em ato próprio, diminuir o limite máximo de margem consignável. O beneficiário também poderá ter mais de um desconto relativo a empréstimo ou financiamento, desde que não seja superior ao limite previsto em lei, observado, no momento da contratação, o comprometimento desse percentual. E, na hipótese de o valor das consignações ultrapassar, de forma isolada ou combinada com consignações anteriores, o limite máximo previsto em lei, serão descontadas prioritariamente as parcelas relativas aos contratos mais antigos. Riscos e cuidados Governo regulamenta crédito consignado no Auxílio Brasil O crédito consignado significa que quem pegar esse empréstimo terá até 40% do benefício descontado antes do pagamento. Por exemplo, quem tem direito a R$ 400 do Auxílio Brasil passaria a receber apenas R$ 240, no limite. Os outros R$ 160 ficariam retidos para pagar a dívida. Com isso, a renda dessas famílias ficaria menor por um longo período, lembra a planejadora financeira Myrian Lund. E, como consequência, elas teriam que apertar mais ainda seus gastos para caberem na nova renda. "É uma medida extremamente perigosa. Se você está fazendo uma transferência de renda para uma pessoa que precisa desse dinheiro para sobreviver e vai fazer um consignado em cima daquilo, como ela vai viver? É meio surreal", critica a planejadora. Além disso, por ser atrelado ao pagamento, o beneficiário não consegue negociar melhores condições com o banco, como uma taxa menor ou prazo. "Não existe possibilidade de negociação, o máximo que se consegue fazer é uma portabilidade para outra instituição financeira. Você fica na mão da instituição", diz Lund. O valor menor recebido por mês pode levar à falta de dinheiro para pagar as contas essenciais como água, luz e gás, alerta a planejadora. "Então, ela vai começar a alternar, pagar uma conta em um mês e ter débito em outras", diz. Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.
+ leia mais]]> Economistas dizem que há um conflito entre as ações patrocinadas pelo Executivo e pelo Congresso e a alta de juros promovida pelo Banco Central. Neste ano, principais medidas de estímulo já somam mais de R$ 100 bilhões. Estímulos fiscais deixam BC isolado no combate à inflação; entenda e veja análises Os incentivos fiscais bilionários patrocinados pelo governo Jair Bolsonaro e pelo Congresso Nacional estão dificultando a ação do Banco Central no combate à inflação, afirmam economistas ouvidos pelo g1 e pela GloboNews. Numa tentativa de estimular a economia às vésperas da eleição, os poderes Executivo e Legislativo lançaram mão da redução de tributos e colocaram o país num estado de emergência para turbinar e ampliar os benefícios sociais, sem contrapartidas fiscais. De Olho no Orçamento Arte/g1 Ao todo, as principais medidas adotadas em 2022 devem somar R$ 102,4 bilhões até o fim deste ano, de acordo com um levantamento do banco Credit Suisse. BC aumenta juros para 13,75% ao ano: o que é a taxa Selic e como ela afeta as pessoas Líder em ranking mundial de juros reais, Brasil tem mais do dobro da taxa do 2º colocado Pelo lado da receita, as reduções de tributos abarcaram combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte público. Já pelo lado da despesa, o país ampliou os gastos com o novo valor do Auxílio Brasil e do Vale gás, além de criar benefícios destinados a caminhoneiros e taxistas. Veja na arte mais detalhes. Estímulo fiscal Luisa Blanco e Elcio Horiuchi/Arte g1 Na prática, o que os economistas dizem é que a política fiscal (de tributos) atual está em conflito com a política monetária (de juros). Ao subir a taxa básica de juros (Selic), o Banco Central tenta desaquecer a economia, encarecendo o crédito para famílias e empresas e, consequentemente, inibindo o consumo. Já no momento em que a equipe econômica decide injetar recursos na atividade econômica, incentiva a sociedade a gastar mais. Ou seja, a alta da Selic acaba tendo parte do seu efeito anulado. "Quando há um estímulo da demanda, num ambiente de inflação alta e com o Banco Central subindo os juros, é como se o BC estivesse apertando o freio, mas o governo estivesse acelerando, com impulsos inflacionários", diz a economista-chefe do banco Credit Suisse, Solange Srour. "Sendo um estímulo fiscal, o Banco Central tem de tratar como um risco inflacionário, e qual é o impacto disso? É que os juros vão ficar altos por mais tempo, porque a inflação vai ficar elevada por mais tempo. O freio do BC não está sendo muito eficiente, porque um outro lado da economia está sendo estimulado", acrescenta. De março do ano passado até a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada, a taxa de juros subiu de 2% para 13,75% ao ano, mas o efeito do aperto monetário na inflação não tem sido o esperado. Apesar da disparada da Selic, o país deve descumprir por três anos a meta de inflação. Em 2021, o Índice Nacional de Preços ao Consumido Amplo (IPCA) subiu 10,06%, bem acima do teto da meta daquele ano, que era de 5,25%. E mesmo com as recentes medidas de redução de tributos, o estouro da meta deve se repetir em 2022 e 2023, de acordo com as últimas projeções do relatório Focus, do Banco Central. "Se num determinado momento, como agora, a política monetária está sendo contracionista, objetivando trazer a inflação para baixo, há um conflito se o lado fiscal é expansionista", diz José Júlio Senna, chefe do Centro de Estudos Monetários do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). No comunicado divulgado na semana passada, o Copom voltou a destacar o risco atrelado às contas públicas. Disse que "a possibilidade de que medidas fiscais de estímulo à demanda se tornem permanentes acentua os riscos de alta para o cenário inflacionário". Na ocasião, o comitê deixou a porta aberta para mais uma alta da Selic na próxima reunião, em setembro. ‘A taxa Selic está indicando uma intenção de desaquecer a economia’, diz economista A influência da política fiscal São três os canais que levam a política fiscal a ter um impacto na inflação. Entenda cada um deles: Atividade econômica. Com mais dinheiro na mão e em circulação na economia, as pessoas tendem a gastar mais, o que aquece a atividade econômica e, consequentemente, incentiva a alta da inflação. "Claro que medidas fiscais que visam beneficiar os menos favorecidos fazem todo sentido e são absolutamente legítimas. O cuidado que precisa se tomar, no entanto, é que, ao implantar programas dessa natureza, a gente tenha um mínimo de segurança de que outros gastos serão contidos. E não é isso o que está acontecendo", diz Senna. Ativos financeiros. A piora das contas públicas, com o excesso de gastos, faz com que a percepção de risco dos investidores em relação ao Brasil piore, levando a um aumento do chamado prêmio de risco. Ou seja, os investidores exigem um retorno maior para aplicar seus recursos no Brasil. "E, quando esse prêmio de risco aumenta, um dos efeitos é uma depreciação da moeda nacional. O real perde valor. Isso encarece os preços de vários tipos de bens e prejudica, portanto, a inflação", afirma o economista. Expectativas. A deterioração das regras fiscais também turva a visão dos agentes financeiros em relação ao futuro das contas públicas, sobretudo porque ocorreram, nos últimos anos, sucessivas mudanças no teto de gastos, a principal âncora fiscal do país. No governo Bolsonaro, já foram realizadas cinco alterações no teto. A última veio com a proposta de emenda à Constituição (PEC) batizada de Kamikaze, que instituiu um estado de emergência no país para abrir espaço - fora do teto - de mais de R$ 40 bilhões e garantir, por exemplo, o novo valor do Auxílio Brasil. "A regra fiscal foi mudada de uma maneira muito fácil no Brasil, e você perdeu o arcabouço fiscal. Quando esse arcabouço é perdido, as expectativas de inflação sobem", diz Solange, do Credit Suisse. Com PEC Eleitoral, teto de gastos sofre 5ª alteração no governo Bolsonaro Ambiente externo e incerteza institucional A incerteza com a política fiscal se dá em um momento delicado, em que existem tanto pressões externas como internas. No cenário global, a alta das commodities e os problemas nas cadeias de produção desencadearam um processo de alta de preços nas principais economias. Nos Estados Unidos, o banco central do país teve de promover duras altas na taxa de juros numa tentativa de segurar os preços. Banco Central dos EUA aumenta juros pela quarta vez no ano Na cena local, nos últimos meses, o país tem lidado com uma série de conflitos institucionais, com ataques ao regime democrático e ao processo eleitoral. Tudo isso, segundo os economistas, também contribui para reforçar o ambiente de incerteza, afastando investidores. "Tudo isso traz insegura e incerteza. E uma sociedade, para prosperar, gerar emprego e animar empresários, precisa de um ambiente politicamente estável. Eu acho que estamos pecando por não ter um ambiente macroeconômico e político adequados", afirma Senna, do Ibre/FGV. VEJA TAMBÉM:
+ leia mais]]> Atual ritmo de aumento de preços na Argentina já é o mais alto de todo o continente americano, superando, em julho, até mesmo a Venezuela. Com 7,4% de inflação só em julho, a Argentina teve a maior inflação mensal dos últimos 20 anos e a maior anual dos últimos 30 anos. O país tem pela frente um aumento nas tarifas de serviços públicos e uma provável desvalorização da moeda que pode elevar a inflação a um patamar acima de 100%. O atual ritmo de aumento de preços na Argentina já é o mais alto de todo o continente americano, superando, em julho, até mesmo a Venezuela. Com a maior inflação dos últimos 30 anos, argentinos dependem cada vez mais do dólar Argentina vê compras por medo e remarcação de preços em meio à inflação Placa em frente a comércio em Buenos Aires diz 'compre hoje, mais barato que amanhã'. Agustin Macarian/Reuters Histórico É preciso recuar mais de 20 anos para encontrar um número superior aos 7,4% de julho. Foi em abril de 2002, três meses depois de o país abandonar a chamada conversibilidade, o sistema de paridade do peso com o dólar em 1 a 1, vigente por quase 11 anos. Nos últimos 12 meses, o aumento de preços foi, em média, de 71%. Nesse caso, é preciso recuar mais de 30 anos, até janeiro de 1992, quando o país já tinha adotado o regime de câmbio fixo que acabou com a inflação depois de uma traumatizante hiperinflação. Segundo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC), nos primeiros sete meses de 2022, o aumento de preços chega a 46,2%, sendo julho o mês mais alto, superando os 6,7% de março, os 6% de abril, os 5,1% de maio e os 5,3% de junho. Enquanto a inflação subiu 7,4%, os salários aumentaram apenas a metade: 3,5%, indicando uma tendência de uma fórmula letal que conjuga alta inflação com recessão. Argentina registra maior índice de inflação mensal em 20 anos Tendência a piorar O próprio Banco Central da Argentina divulgou, na semana passada, as expectativas do mercado para 2022. Os 30 principais analistas do país preveem uma inflação anual de 90,2%, 14,2 pontos acima da previsão de um mês atrás. E os dez analistas que mais acertam, os denominados TOP-10 do país, preveem 94,7%, 15,4 pontos a mais do que avaliavam em junho. Esses números, no entanto, podem ser conservadores porque, a partir de setembro, estão previstos aumentos nas tarifas de energia elétrica, gás e água. Calcula-se que o aumento possa chegar a 300%. Outro elemento que deve alimentar a inflação é uma aguardada desvalorização do peso argentino. "Se projetarmos o atual ritmo de inflação para os próximos meses, terminaremos 2022 com 92% anual. Mas esse número é sem reajustar as tarifas de serviços públicos e sem ajustar a taxa de câmbio. Portanto, é muito provável que cheguemos a 100% de inflação", indica à RFI o economista Roberto Cachanosky, uma referência no país. A primeira consultora a projetar essa cifra é uma das mais reconhecidas, a Fundação de Investigações Econômicas Latino-americanas (FIEL) que prevê 112,4% de inflação neste ano. Nova dinâmica da crise Em julho, a inflação escalou dois degraus acima dos já elevados cinco. De 5,3% a 7,4% como consequência de uma economia asfixiada pelas inconsistências fiscais, monetárias e cambiais, e diante de um governo que se nega ao ajuste fiscal. Essa resistência fez o país, em apenas um mês, ter três ministros da Economia, depois da renúncia de Martín Guzmán em 2 de julho e da demissão de Silvina Batakis, 24 dias depois. O atual ministro Sergio Massa, há nove dias no cargo, ainda não anunciou um plano de estabilização, manifestando apenas objetivos sem explicar as estratégias para atingir as metas. O novo ministro, por exemplo, garante que vai reduzir os atuais 4% de déficit fiscal primário aos 2,5% do PIB, previstos no acordo com o FMI. No entanto, não revelou como conseguiria essa façanha a apenas cinco meses para o fim do ano. Sergio Massa, um político com formação em Direito, precisa do apoio de um economista reconhecido pelo mercado, mas, até agora, nenhum aceitou o posto de vice-ministro. As incertezas políticas foram o estopim para o peso argentino se desvalorizar face ao dólar paralelo, único mercado ao qual os argentinos têm acesso. E o dólar na Argentina é uma referência para os preços. "Na Argentina, boa parte da governabilidade é administrar a relação peso-dólar. Quem não consegue administrar esse ponto, tem dificuldades para governar. Por isso, o dólar na Argentina é um assunto econômico, mas também político", explica à RFI o analista Gustavo Marangoni, ex-presidente do segundo maior banco do país, o Banco Provincia. "O argentino tem o dólar como referência. Pensa em dólares. Quem tem capacidade de poupar, poupa em dólares.", acrescenta. Ao mesmo tempo, devido à escassez das reservas do Banco Central, o governo dificultou o acesso aos dólares para os importadores, complicando a produção local e fortalecendo o mercado paralelo. Como consequência da onda expansiva de julho, o atual mês de agosto já parte de um mínimo de 6% de inflação. Falta de reação O núcleo do problema na Argentina é um gigantesco déficit fiscal, financiado com emissão monetária sem respaldo. A montanha de dinheiro que o Banco Central imprime transforma-se em inflação e em pressão cambial. As reservas disponíveis no Banco Central rondam apenas US$ 1 bilhão, suficientes para somente as próximas duas semanas de importações. "Sem desvalorização, acabam-se as reservas. Com este nível de reservas, se não houver uma desvalorização, faltarão dólares para a importação de insumos e, sem poder importar componentes para a produção local, a economia fica paralisada", adverte Cachanosky. Apesar da situação emergencial, o governo parece apostar numa velha receita: um novo congelamento de preços. O presidente Alberto Fernández anunciou que vai convocar empresários e sindicalistas para um novo acordo de preços e salários, a terceira vez que tenta a mesma receita no seu atual mandato iniciado em dezembro de 2019, durante o qual a inflação acumulada chega a 201,6%. "É a mesma receita fracassada de sempre. A economia argentina precisa de um choque drástico de ajuste fiscal, mas o governo prefere esticar a situação o máximo possível até as eleições de outubro de 2023. Parece muito difícil que consigam esticar tanto", observa Cachanosky. Segundo analistas políticos, Massa quer aguentar até as eleições de outubro do ano que vem e deixar o custo político de um ajuste para o próximo governo. "Sergio Massa quer controlar a partida, mas não virar o jogo. Estamos perdendo o jogo por 4 a 0. Massa entra em campo para garantir esse placar, para evitar uma goleada maior. Não é para vencer. O plano é perder as eleições do ano que vem com 35% dos votos e deixar o caos para o próximo presidente. Com 35% dos votos, conseguem suficiente presença no Congresso para bloquear o próximo governo", explica à RFI o analista político Jorge Giacobbe. "Mas o abismo pode aparecer antes. Talvez essa proximidade do abismo seja o que os leve a tomar medidas que, de outra maneira, não tomariam. Talvez seja a gravidade da situação o que motive medidas mais assertivas", pondera Gustavo Marangoni. Líder no ranking inflacionário Enquanto isso, a inflação mensal na Argentina é a maior do continente americano. Os 7,4% de julho superaram até mesmo os 5,3% da Venezuela. Chile (1,4%) e Peru (1%) chegam ao ponto de inflação enquanto Colômbia (0,81%), Uruguai (0,77%), México (0,74%), Paraguai (0,7%), Bolívia (0,39%) e Equador (0,16%) vêm baixo. O Brasil foi o único a ter uma inédita deflação (-0,68%). Se retirarmos a Venezuela (139% em 12 meses), a inflação argentina é sete vezes maior do que a dos demais países que mais inflação acumulam no último ano. Enquanto a Argentina soma 71%, os países da região têm 13,1% (Chile), 11,1% (Paraguai), 10,21% (Colômbia), 10,07% (Brasil), 9,56% (Uruguai), 8,74% (Peru), 8,15% (México), 3,86% (Equador) e 2,04% (Bolívia). Apenas um mês na Argentina equivale, ou até supera, um ano de inflação nos países vizinhos.
+ leia maisCompanhias se manterão listadas nas bolsas de Hong Kong e da China continental. Quatro empresas estatais chinesas, incluindo a China Life Insurance e a gigante petrolífera Sinopec, anunciaram planos nesta sexta-feira (12) de saírem da bolsa de valores de Nova York (Nyse), em meio a tensões crescentes entre a Washington e Pequim. As empresas, que também incluem a Aluminum Corporation of China (Chalco) e a PetroChina, disseram em comunicados separados que vão pedir a deslistagem de suas ações a partir do final deste mês. As companhias se manterão listadas nas bolsas de Hong Kong e da China continental. China suspende cooperações com EUA Em primeira represália aos EUA, China interrompe diálogo militar de alto nível com Washington Auditorias As empresas foram adicionadas à lista da Lei de Responsabilidade de Empresas Estrangeiras (HFCAA) dos EUA em maio. As companhias foram consideradas em descumprimento de padrões de auditoria dos reguladores do país. "Essas companhias cumpriram rigorosamente as regras e os requisitos regulatórios do mercado de capitais dos Estados Unidos desde sua listagem e fizeram a opção de deslistagem por suas próprias considerações comerciais", disse a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC) em comunicado. Algumas das maiores empresas da China, como Alibaba Group, JD Com e Baidu estão entre as quase 270 empresas chinesas na lista e ameaçam se deslistar. "A China está enviando uma mensagem de que sua paciência nestas discussões sobre auditoria está se esgotando", disse Kai Zhan, do escritório de direito Yuanda, especializado em áreas que incluem mercados de capitais dos EUA e compliance. Washington têm exigido há tempos acesso completo aos registros contábeis de empresas chinesas listadas nos EUA, mas Pequim proíbe a inspeção estrangeira de documentos de auditoria por empresas de contabilidade locais, citando preocupações de segurança nacional. As quatro empresas disseram nesta sexta-feira que seu volume de ações negociadas nos Estados Unidos era pequeno em comparação com os de seus outros principais locais de listagem. Um comunicado da PetroChina disse que a empresa nunca levantou capital adicional após a listagem norte-americana e indicou que suas bases em Hong Kong e Xangai eram "alternativas para a empresa porque podem satisfazer os requisitos de captação de recursos da empresa necessários para suas operações comerciais normais e para melhor proteção de os interesses dos investidores”. China Life e Chalco disseram que entrarão com pedido de deslistagem em 22 de agosto, com o processo entrando em vigor 10 dias depois. Sinopec e PetroChina disseram que seus pedidos serão feitos em 29 de agosto.
+ leia mais]]> País encerrou o segundo trimestre com 10,1 milhão de desempregados dos quais cerca de 3 milhões tentam se recolocar no mercado, pelo menos, desde maio de 2020. Cerca de 4,3 milhões desistiram da busca e estão desalentados. Trabalhadores desempregados aguardam atendimento no Sine de Porto Alegre (RS) em registro feito em maio de 2020. Alex Rocha/Prefeitura Municipal de Porto Alegre Embora o desemprego tenha diminuído no Brasil, a melhora no mercado de trabalho ainda não foi suficiente para reduzir a proporção de trabalhadores que espera há muito tempo por uma recolocação no mercado. Dados divulgados nesta sexta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que aproximadamente três em cada dez desempregados permanecem em busca por trabalho há mais de dois anos. Desemprego recua para 9,3% em junho, mas número de informais é recorde, aponta IBGE Desemprego cai em 22 estados no 2º trimestre; Bahia e Pernambuco têm as piores taxas De acordo com o levantamento, ao final do 2º trimestre de 2022 o número de trabalhadores desempregados há mais de 2 anos era de 2,985 milhões, cerca de 29,6% do total de desempregados no país, estimado em 10,080 milhões. Na comparação com o 1º trimestre, diminuiu em cerca de meio milhão o número de desempregados que tentavam nova oportunidade há mais de dois anos. Todavia, proporcionalmente não houve variação significativa, ou seja, essa condição permaneceu atingindo quase 1/3 dos desempregados no país. Só é considerado desempregado aquele trabalhador que não está ocupado no mercado de trabalho, tem disponibilidade para trabalhar e está, efetivamente, em busca de uma vaga. A análise trimestral dos dados sugere que, quanto mais tempo o trabalhador fica desempregado, maior a dificuldade dele em conseguir uma recolocação no mercado de trabalho. A grande maioria dos trabalhadores que buscava nova oportunidade de trabalho ao final do 2º trimestre deste ano estava na fila do desemprego há mais de um mês, mas a menos de um ano -proporção 2 pontos percentuais maior que a observada no 1º trimestre. Segundo o IBGE, historicamente é na faixa entre mais de 1 mês e menos de 1 ano que se concentra a maior parcela dos desempregados no país. No segundo trimestre de 2020, auge da crise provocada pela pandemia, os desempregados nesta faixa representavam 58% do total, proporção recorde de toda a série histórica da pesquisa. Já a menor parcela (12,2%) estava na fila há mais de 1 ano, mas há menos de 2 anos. Os que buscavam nova vaga há menos de 1 mês somavam 15,7% do total de desempregados. A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, apontou que desde 2015 há tendência inversa da proporção de desempregados na busca de trabalho de 1 mês a menos de 1 ano em relação àqueles na fila há mais de 2 anos - vem diminuindo a do primeiro grupo e aumentando a do segundo. Considerando apenas o 2º trimestre de cada ano, em 2022 foi observada a menor proporção dos que estão na fila do desemprego de 1 mês a menos de 1 ano. Em movimento contrário, a fila superior a 2 anos atingiu a maior proporção este ano. Esse movimento sugere que, quanto mais tempo o trabalhador fica desempregado, maior dificuldade ele tem para conseguir uma recolocação no mercado de trabalho. A pesquisadora destacou, ainda, haver grandes diferenças regionais na análise do tempo de busca por novo trabalho. No segundo trimestre deste ano, a Centro-Oeste era a que tinha a maior proporção (50,2%) de pessoas na fila de 1 mês a menos de 1 ano, seguida pela Região Sul (50%). Já a menor proporção de desempregados nesta fila foi observada na Região Nordeste (37,4%), seguida pela Região Norte (38,7%). No Sudeste, essa proporção foi de 44,2%. Na fila de espera superior a 2 anos, foi a Região Nordeste que concentrou a maior proporção de desempregados (35,1%), seguida pela Norte (28,9%). A menor proporção, por sua vez, foi observada no Centro-Oeste (19,9%), seguida pela Região Sul (22,8%). No Sudeste, eram 28,6% de desempregados na fila há mais de 2 anos. 4,3 milhões desistiram da busca O levantamento do IBGE mostrou, também, que o país encerrou o 2º trimestre deste ano com um contingente de 4,3 milhões de desalentados, ou seja, pessoas desistiram de buscar uma vaga no mercado de trabalho.
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