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]]> O escândalo no governo Javier Milei O governo de Javier Milei anunciou, na última terça-feira (2), novas medidas de intervenção no mercado de câmbio argentino. A ação tem como objetivo garantir a oferta de dólares e reduzir a instabilidade do peso, por meio de operações de compra e venda realizadas pelo Tesouro Nacional. A decisão surpreendeu o mercado por vir de um governo de agenda ultraliberal. Em abril, por exemplo, o próprio governo havia comemorado o fim do “cepo” — sistema que restringia a compra de dólares pelos argentinos para tentar controlar o valor do peso. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Apesar de ser mais branda, a nova medida preocupa economistas ouvidos pelo g1, que alertam para novos riscos à confiança dos investidores. Muitos haviam retornado ao país atraídos pelas políticas de Milei, mas agora veem o governo recorrer novamente ao Tesouro para tentar conter a queda do peso em meio a uma crise política. A seguir, os principais fatores que motivaram a decisão do presidente argentino e a forma como o mercado reagiu à mudança de estratégia. A agenda ultraliberal de Milei Eleito presidente da Argentina em 2023, Javier Milei assumiu em meio à pior crise econômica do país em décadas, marcada por inflação recorde, aumento da pobreza, dívida externa bilionária e falta de dólares em reserva. Economista de formação e crítico da chamada “casta política”, Milei defende uma versão radical do liberalismo econômico, com forte redução do papel do Estado. Entre as propostas que reforçam essa imagem estão: Defesa da dolarização: chegou a propor a substituição do peso pelo dólar como moeda oficial, extinguindo a política monetária nacional; Fechamento do Banco Central: defende a extinção da instituição, alegando que ela seria responsável pela inflação e pela instabilidade recorrente da moeda; Cortes profundos no Estado: propõe privatizar estatais, reduzir ministérios e enxugar os gastos públicos ao mínimo; Abertura comercial ampla: sugere eliminar tarifas e barreiras regulatórias, permitindo concorrência plena com produtos estrangeiros; Visão radical sobre direitos trabalhistas e subsídios: questiona normas do mercado de trabalho, sindicatos e propõe acabar com subsídios a setores considerados “ineficientes”. Por que o governo Milei voltou a intervir no câmbio? 1. Queda do peso argentino e risco de inflação Embora tenha conseguido reduzir a inflação que ultrapassava 200% ao ano, por meio de um plano severo de cortes nos gastos públicos, o governo Milei ainda não conseguiu gerar plena confiança na economia nem atrair um bom volume de investimentos estrangeiros. O presidente ainda enfrenta dificuldades para acumular reservas em dólar, essenciais para garantir o pagamento das dívidas argentinas e reduzir a vulnerabilidade do peso. Em última instância, essas reservas facilitariam até a prometida transição para a dolarização da economia. Na tentativa de recuperar a confiança dos investidores, Milei tem dado passos calculados. Quando extinguiu o “cepo”, em abril, o câmbio passou a flutuar de forma mais livre. Por um lado, a medida agradou ao mercado por seu viés liberal. Por outro, enfraqueceu ainda mais o peso, já que a demanda por dólares é maior. 🔎 Em outras palavras: enquanto os argentinos buscam proteger suas economias comprando dólares, o governo tenta evitar que a desvalorização do peso volte a pressionar os preços. Apesar de algum sucesso inicial, as reservas voltaram a cair em 2025, e chegaram a cerca de US$ 7 bilhões negativos após o fim do “cepo”. Começa um círculo vicioso: com pouco dinheiro em caixa, o governo tem menor capacidade de intervir, e o peso tende a se desvalorizar ainda mais. Fora isso, a valorização do dólar encarece importações, reduz a confiança na moeda local e alimenta a inflação — fator central para a manutenção do apoio popular a Milei. Diante disso, o governo argentino endureceu as regras para operações em moeda estrangeira com credores comerciais. Assim, os bancos ficaram proibidos de ampliar sua posição em câmbio à vista no último dia do mês, medida que busca evitar manobras capazes de aumentar a demanda por dólares e pressionar o peso. Até então, o governo vinha elevando a taxa de juros de referência para tentar conter a valorização do dólar frente ao peso, mas a estratégia não se mostrou suficiente. Agora, segundo Carlos Henrique, diretor de operações da Frente Corretora, a nova intervenção é uma “contenção de crise”. "O governo já vinha tentando reduzir a volatilidade com aumento de juros e restrições bancárias, mas a pressão sobre o peso tornou a intervenção direta inevitável, refletindo problemas que vinham se acumulando desde antes da crise política atual e a incapacidade de resolver a crise fiscal”, afirma. Para Henrique, embora Milei já tivesse recorrido a intervenções indiretas, a medida anunciada ontem representa uma “mudança drástica” em relação à sua política econômica liberal. “Ao intervir, o governo abandona temporariamente a ideia de que o mercado deve se autorregular e assume um papel de controle, característico de políticas mais heterodoxas”. 2. Escândalo de corrupção envolvendo Karina Milei Milei também enfrenta crises políticas que fragilizam seu governo e afastam investidores. No fim de agosto, um escândalo — com direito a áudios vazados, acusações de corrupção e disputas internas — atingiu a cúpula do poder argentino. Nos áudios, Diego Spagnuolo, ex-aliado do governo, acusa Karina Milei, irmã do presidente e secretária-geral da Presidência, de envolvimento em corrupção. Presidente argentino, Javier Milei, e sua irmã Karina Milei. Gustavo Garello/ AP Photo Spagnuolo é ex-chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis). Segundo ele, Karina e o subsecretário Eduardo “Lule” Menem teriam exigido propina de indústrias farmacêuticas para a compra de medicamentos destinados à rede pública. Segundo relatório do Bradesco BBI, escândalos políticos como esse “fragmentam o cenário, minando a reputação e a confiança. A perda de influência no Congresso leva a uma expansão fiscal não planejada, em conflito com as metas do FMI”. 🔎 Quando investidores estrangeiros retiram recursos, há menos dólares em circulação, o que aumenta a demanda pela moeda americana em relação ao peso. Isso faz com que o peso perca valor, já que o câmbio passa a refletir uma moeda mais escassa diante da demanda existente. 3. Tensão eleitoral Tudo isso acontece às vésperas das eleições provinciais de Buenos Aires, marcadas para o próximo domingo (7), que definirão novos deputados e senadores nacionais. A partir do segundo ano de mandato, Milei e seu partido acumularam derrotas relevantes no Congresso, que derrubou cortes de gastos públicos e anulou decretos presidenciais. A aprovação do presidente recuou oito pontos em cinco semanas, chegando a 41%, o que evidencia sua fragilidade antes das eleições. “A instabilidade política atuou como catalisador para a desvalorização da moeda, forçando Milei a intervir”, afirma Henrique. Javier Milei, à época candidato à presidência da Argentina, ergue uma nota de dólar com seu próprio rosto Natacha Pisarenko/AP
+ leia mais]]> Honda CG 160 é a quinta moto mais econômica do Brasil Divulgação | Honda O mercado brasileiro emplacou 1.407.911 motocicletas de janeiro agosto de 2025, segundo os dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) divulgados nesta quarta-feira (3). A alta é de 12,31% em relação ao mesmo período de 2024, quando o Brasil registrou 1.253.629 emplacamentos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Carros no WhatsApp No mês de agosto, foram 185.454 emplacamentos contra 163.884 unidades do ano passado. O número, porém, representa queda de 3,99% em relação ao mês anterior (193.161 motos). "Estamos com um crescimento menor (...), em função da queda na produção de motos, provocada pela paralisação das montadoras que fazem manutenção em seu parque fabril", afirma Arcelio Junior, presidente da Fenabrave. Ainda assim, a projeção é de recorde de emplacamentos neste ano. O segmento de motocicletas segue em crescimento e já é responsável por mais de 40% de todos os veículos emplacados em 2025 até o momento. Entre as mais vendidas, a Honda CG continua na liderança e já passa das 300 mil unidades emplacadas. Veja as 10 motos mais vendidas até agosto de 2025. Honda CG 160: 309.435 unidades; Honda Biz: 175.310 unidades; Honda Pop 110i: 149.597 unidades; Honda NXR 160 Bros: 127.247 unidades; Mottu Sport 110I: 62.679 unidades; Yamaha YBR 150: 45.098 unidades; Honda CB300F: 42.888 unidades; Honda PCX 160: 35.691 unidades; Yamaha Fazer 250: 29.211 unidades; Honda Sahara 300: 28.099 unidades. Motos elétricas ⚡ Apesar de um mercado feroz de novas motos a combustão, as vendas de modelos elétricos continuam sem força no Brasil. Nos primeiros oito meses de 2025, foram emplacadas 6.246 unidades eletrificadas. Em 2024, foram 4.720 emplacamentos até agosto, um aumento de 32,33% em um ano. "Há reação com novas marcas e serviços, embora ainda existam entraves de autonomia e preço para o público profissional", pondera o presidente da Fenabrave. LEIA MAIS Hiace: Toyota traz 'van da Hilux' ao mercado brasileiro, partindo de R$ 364.990 Justiça condena Volkswagen por trabalho escravo em fazenda no Pará LISTA: veja 18 motos que chegam ao Brasil até o final do ano Confira a nova Honda CB 650R 2025 As motos mais vendidas de agosto A Honda CG 160 continua sendo a moto mais vendida. Em agosto, foram 41.456 novos emplacamentos do modelo. Em segundo lugar ficou outro modelo da mesma fabricante, a Honda Biz. A cub vendeu 21.493 unidades em agosto. A Honda Pop 110i ES ultrapassou a Honda Bros 160 e ficou entre as três mais vendidas de agosto. E a grande surpresa de agosto ficou por conta dos 3.914 emplacamentos da Shineray XY 125, que ocupou a 10ª posição e tirou a Yamaha Lander 250 da lista das 10 mais vendidas. Veja as 10 motos mais vendidas em agosto de 2025. Honda CG 160: 41.456 unidades; Honda Biz 125: 21.493 unidades; Honda Pop 110i ES: 17.111 unidades; Honda NXR 160 Bros: 16.317 unidades; Mottu Sport 110I: 9.778 unidades; Yamaha YBR 150: 7.702 unidades; Honda CB 300F Twister: 5.636 unidades; Honda PCX 160: 4.474 unidades; Yamaha Fazer 250: 4.207 unidades; Shineray XY 125: 3.914 unidades. Veja as 10 marcas com maior participação de mercado no acumulado de 2025: Honda: 67,03% Yamaha: 14,38%; Shineray: 5,82%; Mottu: 4,45%; Avelloz: 1,44%; Royal Enfield: 1,39%; Bajaj: 1,19%; Haojue: 1,01%; BMW: 0,65%; Triumph: 0,62%.
+ leia mais]]> O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lança nesta quinta-feira (04), em Minas Gerais, o programa "Gás do Povo". A proposta, que amplia o atual Auxílio Gás, deve beneficiar 15,5 milhões de famílias e tem um custo previsto de R$ 5 bilhões em 2026. A proposta amplia o atual Auxílio Gás e deve beneficiar 15,5 milhões de famílias a um custo previsto de R$ 5 bilhões em 2026. Getty Images via BBC O lançamento será no Aglomerado da Serra, maior favela de Belo Horizonte, capital mineira. Também participam do evento o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que é de Minas Gerais. A pasta foi responsável pela elaboração do novo programa. Batizado de “Gás do Povo”, o programa vai oferecer gratuidade no botijão de gás de cozinha (GLP) e pretende ampliar o atual Auxílio Gás, com uma nova modalidade do auxílio, direcionada para famílias inscritas no Cadastro Único, com renda igual ou inferior a meio salário mínimo. Segundo o ministro Alexandre Silveira, o programa visa distribuir o gás de cozinha de forma "desburocratizada e simplificada", o que inclui ampliar postos de revenda. "Nós vamos deixar o Auxílio Gás que hoje contempla apenas 5,4 milhões de famílias, para distribuir de forma desburocratizada e simplificada nos 58 mil postos de revenda no Brasil afora", disse Silveira em entrevista recente ao Voz do Brasil, do Canal Gov. Governo estuda retomada de 'gaiolas' Todos os postos de distribuição de gás, informou o ministro, serão identificados com o nome do programa. Dessa forma, os contemplados deverão se dirigir até eles munidos do cartão da Caixa Econômica Federal, com o cartão do Bolsa Família, com o vale que poderá ser retirado em todas as lotéricas do país ou com o aplicativo da Caixa. Além dos postos de revenda, o governo estuda retomar com as "gaiolas" nos postos para facilitar a distribuição do botijão. A ideia do governo é que o programa comece a operar em novembro. O nome também foi ajustado. Anteriormente, a ideia era batizá-lo de “Gás pra Todos”. Atualmente, o governo já conta com o Auxílio Gás, que diminui o valor do botijão para famílias de baixa renda. Neste novo desenho, o governo vai distribuir vouchers aos contemplados pela medida, como forma de reduzir as chances de a verba do programa ser utilizada para outro fim. O "Gás do Povo" é visto no governo como uma medida com potencial para ser uma vitrine no final do mandato de Lula, junto com a ampliação da gratuidade na conta de luz e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. O programa será enviado ao Congresso em uma Medida Provisória (MP). Minas Gerais tem o segundo maior eleitorado do país e costuma ser decisivo nas eleições presidenciais mais disputadas. O governador do estado, Romeu Zema (Novo), é pré-candidato à presidência.
+ leia mais]]> Mega-Sena Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.910 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 33 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (4), em São Paulo. Clique aqui para seguir o canal de Loterias do g1 no WhatsApp No concurso da última terça (2), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 6 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer a sua aposta online. A Mega tem três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser realizadas até as 19h (horário de Brasília) em qualquer lotérica do país ou por meio do site e aplicativo Loterias Caixa, disponíveis em smartphones, computadores e outros dispositivos. É necessário ter 18 anos ou mais para participar. O pagamento, nesse caso, é realizado de forma online, com opção via PIX. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para um jogo simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 6, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 20 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 232.560,00, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 1.292, ainda de acordo com a instituição.
+ leia mais]]> Representação pede suspensão da compra do Banco Master pelo BRB O Banco Central do Brasil (BC) rejeitou nesta quarta-feira (3) a compra do Banco Master pelo Banco de Brasília (BRB), segundo comunicado divulgado pelo BRB na noite de hoje. No documento, o banco estatal informou ter solicitado ao BC a íntegra da decisão para "avaliar seus fundamentos e analisar as alternativas cabíveis". Também defendeu a aquisição como estratégica. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "O BRB reitera seu posicionamento de que a transação representa uma oportunidade estratégica com potencial de geração de valor para o BRB, seus clientes, o Distrito Federal e o Sistema Financeiro Nacional", diz o texto. O BRB destacou que manterá acionistas e o mercado atualizados sobre possíveis desdobramentos da rescisão. Em nota, o Banco Master também informou que aguarda ter acesso à íntegra do documento "para avaliar seus fundamentos e examinar as alternativas cabíveis". "O banco continua confiante na sua estratégia e na sua operação, que fizeram com que se destacasse num mercado altamente concentrado", diz a instituição. Até a última atualização desta reportagem, o Banco Central não havia se manifestado publicamente sobre a decisão. A reprovação pelo BC foi anunciada após mais de cinco meses de análise, embora a autoridade monetária ainda tivesse quase um ano de prazo para concluir a avaliação da operação. O acordo entre as partes, anunciado em março, previa que o BRB adquirisse 49% das ações ordinárias, 100% das preferenciais e 58% do capital total do Master — banco que preocupou o mercado por sua estratégia de captação arriscada. (leia mais abaixo) O BRB é uma sociedade de economia mista, de capital aberto, controlada majoritariamente pelo governo do Distrito Federal (71,92%). A instituição atua em todo o DF e também está presente no Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Bahia e Paraíba. A aprovação pelo BC seria o último passo para a conclusão do negócio, já que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) havia dado o aval à operação em junho. A negociação vem sendo acompanhada pelo Ministério Público do DF. Após questionamentos do MP, a Justiça determinou que a compra fosse aprovada pela Câmara Legislativa do DF. No mês passado, o governador do DF, Ibaneis Rocha, sancionou o aval da Casa à aquisição do Banco Master pelo BRB. Pressão sobre o BC A decisão do BC ocorreu um dia depois de líderes partidários na Câmara dos Deputados apresentarem um pedido de urgência para um projeto de lei que permitiria ao Legislativo demitir diretores da autoridade monetária. O requerimento foi feito pelo deputado Claudio Cajado (PP-BA). Nesta quarta, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, manifestou preocupação com o projeto. "[Vejo] com preocupação, porque não foi conversado conosco, com o governo de uma maneira geral. E eu imagino que nem com o Banco Central [...] Eu realmente não vejo nenhuma razão para esse projeto, não vejo nenhum motivo para ele caminhar", disse. Haddad defendeu que o Banco Central passe a ter autonomia administrativa, mas que não passe a ser uma pessoa jurídica de direito privado, conforme consta na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65, de 2023. "Penso que o BC tem de ter orçamento próprio para fazer frente a despesas que hoje ele não tem orçamento para fazer, dentre as quais o fortalecimento da parte regulatória", acrescentou. A estratégia arriscada do Banco Master O Banco Master cresceu nos últimos anos, mas com uma estratégia de captação de recursos considerada arriscada por analistas do mercado. O banco oferecia CDBs (Certificado de Depósito Bancário) com taxas muito acima das praticadas por outras instituições, atraindo investidores com base na proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). 🔎 O FGC, que protege até R$ 250 mil por investidor, oferece garantia em caso de falência de um banco associado. O fundo é formado pelas próprias instituições financeiras — ou seja, trata-se de um fundo privado que assegura os recursos dos investidores. Portanto, o FGC torna o investimento mais seguro para quem aplica dinheiro em uma instituição associada, enquanto a própria instituição consegue atrair mais recursos graças a esse mecanismo. A prática, considerada de alto risco, levou o BC e o Conselho Monetário Nacional (CMN) a aprovar, no mês passado, novas regras sobre o FGC. (leia mais aqui) Na ocasião, o Banco Central informou à TV Globo que o objetivo das novas regras é “reduzir risco moral ocasionado por instituições que adotam estratégias de captação excessivamente alavancadas e baseadas em captações asseguradas”. A norma entra em vigor em 1º de junho de 2026, com um período de adaptação. O modelo de negócio do Master, que inclui ainda investimentos em ativos de baixa liquidez, como precatórios e participações em empresas, gerou dúvidas no mercado sobre a saúde financeira do banco. Agências do Banco Master e do Banco de Brasília. Banco Master/Divulgação e Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
+ leia mais]]> Ministério da Agricultura suspende utilização da vacina Excell L10 O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atualizou, nesta quarta-feira (3), para 612 o número de animais mortos após serem vacinados contra clostridiose no Piauí, Maranhão, Ceará e Sergipe. Lotes do imunizante Excell 10 foram apreendidos e o órgão investiga se estão relacionados às mortes. Até o momento, a causa exata dos óbitos não foi confirmada. 🔎 Clostridiose é o nome dado a doenças causadas por bactérias do gênero Clostridium, que podem provocar morte súbita em animais. ✅ Siga o canal do g1 Piauí no WhatsApp Segundo o Mapa, as mortes são de caprinos, ovinos e bovinos e estão sendo comunicadas por produtores à medida que ocorrem. O Mapa orienta que novos casos sejam informados pelo Sistema e-Sisbravet ou pelo canal FalaBR, no site falabr.cgu.gov.br. Recomenda ainda o registro junto aos canais da empresa proprietária da vacina, Dechra Brasil Produtos Veterinários Ltda., pelos contatos de telefone 0800 400 7997, WhatsApp (43) 99135-1168 ou pelo endereço eletrônico: sac.br@dechra.com. Em 20 de agosto, a Dechra Brasil emitiu comunicado oficial sobre os lotes 016/2024 e 018/2024, avisando a distribuidores, médicos veterinários e lojistas para não utilizarem o imunizante. A empresa também apura o caso e suspendeu a venda dos lotes suspeitos. Piauí tem maior número de casos A suspeita é que as mortes estejam ligadas à vacina aplicada em julho, quando a Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) registrou os primeiros casos cerca de 10 dias após a imunização, nos municípios de Simões e Curral Novo do Piauí, no interior do estado. Desde então, o estado contabiliza 488 mortes. A Adapi notificou o Mapa no dia 12 de agosto. Segundo o Mapa, relatórios sobre a vacina foram solicitados à empresa responsável após as primeiras notificações, no dia 13 de agosto. Na sequência, o laboratório fabricante, em Londrina (PR), passou por fiscalização. A investigação sobre as morte envolve o Mapa, a Adapi, a Universidade Federal do Piauí (UFPI) e a Universidade Estadual do Ceará (UECE). Veja nota da Dechra Brasil na íntegra A Dechra Brasil informa que recebeu relatos de reações vacinais principalmente em caprinos e ovinos após a administração do produto Excell 10, lotes 016/24 e 018/24. As manifestações observadas incluem edema no local da aplicação, febretransitória, apatia, variando em intensidade e duração. No momento, nossas equipes técnica e de qualidade estão conduzindo investigações detalhadas juntamente com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para identificar eventuais causas. De maneira preventiva, estamos solicitando que sejam interrompidas as vendas dos lotes 016/24 e 018/24 de Excell 10. Estamos acompanhando a situação com máxima atenção e já tomamos todas as providências necessárias para identificar as causas. As análises estão em andamento e trabalhamos para que os resultados e atualizações sejam divulgados o mais breve possível. Reiteramos nosso compromisso com a qualidade, eficácia e segurança de nossos produtos e com o apoio técnico aos profissionais e criadores que confiam em nossa marca. Ministério da Agricultura apreende lotes de vacina após morte repentina de quase 200 animais Reprodução/ TV Clube VÍDEOS: assista aos vídeos mais vistos da Rede Clube
+ leia mais]]> Grão de café Mike Kenneally/Unplash Exportadores de café do Brasil defenderam a produção brasileira do grão em uma audiência pública, em Washington, nos EUA, nesta quarta-feira (3). Marcos Antonio Matos, diretor-presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), alertou que a tarifa de 50% imposta aos produtos brasileiros importados pelos EUA vai encarecer o café para os consumidores norte-americanos e pressionar a inflação no país. A declaração aconteceu em um evento que faz parte de uma investigação aberta em julho pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre supostas práticas desleais de comércio do Brasil. Outros setores do agronegócio também estiveram presentes. Essa investigação foi aberta com base na Seção 301 da Lei de Comércio de 1974, que permite que os EUA investiguem práticas comerciais suspeitas em outros países. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça De acordo com a seção 301, se o próprio governo dos EUA concluir que há prejuízo, pode adotar medidas de retaliação contra o Brasil, como tarifas ainda mais altas do que os 50% que já atingem diversos setores. Durante o discurso, o executivo do Cecafe citou dados da National Coffee Association (NCA) que mostram que mais de 70% da população dos EUA consome café. Isso gera um impacto econômico anual de US$ 343 bilhões, equivalente a 1,2% do PIB americano. Marcos também afirmou que o Brasil é responsável por mais de 30% do mercado americano de café, enquanto a produção interna dos EUA responde por menos de 0,3% da demanda. "A indústria de café dos EUA também sustenta mais de 2,2 milhões de empregos e gera mais de US$ 101 bilhões em salários, beneficiando todos os estados e comunidades locais", disse. Ele também mencionou que os preços do café nos Estados Unidos já estão subindo, assim como nos mercados internacionais, o que tende a agravar a situação. O executivo também afirmou que a cadeia produtiva do café brasileiro é “organizada, eficiente e transparente”, segue a legislação socioambiental e tem capacidade para garantir o abastecimento sustentável da indústria norte-americana. Com tarifaço, exportação de café para EUA deve cair pela metade em agosto, e Alemanha deve se tornar maior compradora Brasil responde à acusação dos EUA e nega práticas desleais de comércio Entenda o impacto do tarifaço de Donald Trump para o agro do Brasil
+ leia maisO Tribunal do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu nesta quarta-feira (3) que o contrato de codeshare firmado entre as companhias aéreas Gol e Azul deverá ser notificado ao órgão em até 30 dias, a contar da publicação da ata do julgamento no Diário Oficial da União. 🔎 O codeshare é um acordo em que duas ou mais companhias compartilham o mesmo voo, os mesmos padrões de serviço e os mesmos canais de venda. No caso de Gol e Azul, a parceria permite a venda cruzada de bilhetes e a interconexão das malhas aéreas, além da integração dos programas de fidelidade — passageiros do Azul Fidelidade e do Smiles poderão acumular pontos em qualquer um dos dois programas. Até que a análise concorrencial seja concluída, as empresas ficam proibidas de ampliar as rotas incluídas no acordo. Se o Cade não for notificado dentro do prazo, o contrato será suspenso automaticamente, preservando apenas as passagens já emitidas. O relator do caso, conselheiro Carlos Jacques, ressaltou que acordos de codeshare não têm isenção automática da análise antitruste e devem ser examinados caso a caso. Ele sugeriu que a atuação preventiva do Cade deve considerar fatores como: participação de companhias nacionais, sobreposição de rotas, bilateralidade dos acordos e eventuais efeitos equivalentes a operações de fusão, sobretudo no risco de coordenação entre concorrentes. Jacques lembrou ainda que contratos domésticos, como o da Azul e Gol, despertam mais preocupações concorrenciais do que os celebrados entre empresas internacionais. Por isso, precedentes como o caso TAM/Qatar não se aplicariam à situação atual.
+ leia mais]]> Café é o principal produto que Brasil vende aos EUA. Wenderson Araujo/Trilux/CNA A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) argumentou nesta quarta-feira (3), em audiência pública em Washington (EUA), que a competitividade do agronegócio brasileiro decorre de "fundamentos legítimos", como os recursos naturais e investimentos contínuos em inovação. A diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, que participou da audiência referente à Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA, disse que a entidade rejeita qualquer alegação de que os produtos brasileiros dependam de práticas comerciais ou ambientais inadequadas para acessar o mercado norte-americano, rebatendo as acusações do processo. "Os produtores rurais brasileiros operam sob normas rigorosas de conformidade, garantindo segurança, qualidade e transparência aos consumidores internacionais -- inclusive aos norte-americanos", disse ela, segundo nota da CNA. Brasil não tem tratamento desleal ou discriminatório contra EUA, diz confederação do agro ➡️A Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA permite ao Poder Executivo norte-americano apurar práticas comerciais que possam ser consideradas "desleais ou discriminatórias". A lei também permite a aplicação de sanções, de forma unilateral, caso sejam comprovadas irregularidades. Os EUA anunciaram em 15 de julho que abririam a investigação. De acordo com a seção 301, se o próprio governo dos EUA concluir que há prejuízo, pode adotar medidas de retaliação contra o Brasil, como tarifas ainda mais altas do que os 50% que já atingem diversos setores. Entre os produtos brasileiros afetados pelas tarifas estão o café e a carne bovina. O Brasil é o maior exportador dos dois produtos, tendo os EUA como um dos maiores mercados. No caso do café, cerca de um terço do total importado pelo país da América do Norte vinha do Brasil. Em sua fala, a porta-voz da CNA destacou que a relação comercial entre Brasil e EUA beneficia os dois lados. O governo brasileiro enviou em meados de agosto uma resposta formal à investigação aberta pelos EUA, dizendo não reconhecer a legitimidade do Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês) para investigar disputas comerciais. A CNA também havia protocolado, em 15 de agosto, uma manifestação com argumentos técnicos que demonstram a conformidade e a legalidade das políticas e práticas adotadas pelo Brasil relativas a três eixos questionados pelo governo dos EUA: "Tarifas Preferenciais", "Acesso ao Mercado de Etanol" e "Desmatamento ilegal". Mori afirmou que o Brasil possui uma rede limitada de acordos comerciais. No caso do setor agropecuário, apenas 5,5% das exportações brasileiras se beneficiam de alíquotas preferenciais, e mais de 90% das importações do Brasil seguem o princípio da Nação Mais Favorecida, assegurando igualdade de tratamento aos produtos norte-americanos. Sobre o mercado de etanol, um dos pontos levantados na investigação dos EUA, a diretora da CNA informou que, em 2024, o Brasil importou dos Estados Unidos 17 vezes mais etanol do que da Índia. Disse também que, em relação à área ambiental, que o Brasil possui um dos marcos regulatórios mais rigorosos do mundo, que exige a preservação de vegetação nativa em propriedades privadas. Hoje, 66% do território nacional está coberto por vegetação nativa, sendo que metade dessa área está preservada dentro de imóveis rurais privados, mantida pelos produtores, segundo dados citados pela diretora da CNA. "Viemos defender os produtores e o agro brasileiro, destacando a importância do Código Florestal para o país e o respeito do produtor à legislação. E trouxemos outras evidências de que o crescimento do setor foi feito seguindo as regras do comércio internacional." Raio X da exportação arte g1 Entenda o impacto do tarifaço de Donald Trump para o agro do Brasil
+ leia mais]]> Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em imagem de agosto de 2025 Jorge Silva/Reuters O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (3) que vê com preocupação projeto do Congresso Nacional que transfere ao Legislativo o poder para demitir diretores do Banco Central – autarquia responsável, entre outras funções, pelo controle da inflação no Brasil. Líderes de partidos na Câmara dos Deputados assinaram um pedido de urgência para um projeto de lei que permite ao Legislativo demitir diretores do BC. O pedido foi apresentado pelo deputado Claudio Cajado (PP-BA). "[Vejo] com preocupação, porque não foi conversado conosco, com o governo de uma maneira geral. E eu imagino que nem com o Banco Central [...] Eu realmente não vejo nenhuma razão para esse projeto, não vejo nenhum motivo para ele caminhar", disse o ministro da Fazenda a jornalistas. O ministro defendeu que o Banco Central passe a ter autonomia administrativa, mas que não passe a ser uma pessoa jurídica de direito privado, conforme consta na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65, de 2023. "Penso que o BC tem de ter orçamento próprio para fazer frente a despesas que hoje ele não tem orçamento para fazer, dentre as quais o fortalecimento da parte regulatória. O BC autorizou um sem número de instituições financeiras que não estão sendo supervisionadas, o que é grave do ponto de vista dos golpes que estão surgindo. E tem a infraestrutura do PIX. São duas coisas que merecem muita atenção e apoio da área econômica", acrescentou Haddad. Segundo ele, porém, o Banco Central tem de continuar dentro do setor público. Banco Central anuncia mudanças pra ajudar a recuperar dinheiro roubado em fraudes com o pix "Um serviço público, virar para o direito privado? Com que finalidade, para furar o teto do funcionalismo público? Não faz sentido. Já estamos indo bastante longe da maneira correta, mas não vamos fazer dessa pauta institucional, uma pauta corporativa'", disse o ministro. O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) já se manifestou contra a transformação da autarquia em uma pessoa jurídica de direito privado. "A eventual transformação do Banco Central em entidade de direito privado fragilizaria a autoridade monetária, tornando-a mais suscetível a pressões de grupos econômicos. Essa vulnerabilidade comprometeria sua capacidade de organizar, regular e fiscalizar o sistema financeiro nacional com a necessária isenção, justamente quando cresce a complexidade de crimes como a lavagem de dinheiro via fintechs", avaliou o sindicato, por meio de nota. Acordo Mercosul-União Europeia Questionado sobre a aprovação, pela Comissão Europeia, do acordo comercial com o Mercosul, que agora será analisado pelo Parlamento e pelos países que compõem o bloco, o ministro Haddad afirmou que sua expectativa é de que o pacto possa ser finalizado até o fim de 2025. "Eu estou muito confiante, sobretudo à luz do que está acontecendo no mundo. A União Europeia tem todas as razões do mundo para fechar acordo com o Mercosul e o Mercosul com a União Europeia", disse. "Até por razões geopolíticas. Distensionar essa tensão, em parte artificial que está sendo criada com Oriente, de uma maneira geral, seria uma boa notícia para o mundo que a América do Sul. Eu vejo com muito bons olhos e acredito que a Europa vai caminhar nessa direção", concluiu o ministro.
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